A JUSTIÇA, A FRATERNIDADE, A IGUALDADE SOCIAL!?

Ontem conversando com amigas, senti revolta pelo pouco que faço diante da desigualdade social.

Uma amiga estava contando que sentiu repulsa diante dela mesma quando passou diante do “lixão” e deparou com uma cena que lhe tirou o chão, viu pessoas saindo de lá com sacolas de restos de alimentos e frutas e pensou e “eu quantas vezes reclamo do que tem sobre a mesa para almoçar!” e acrescentei, todos nós uma vez e sempre reclama do muito que possuímos, somos pessoas insatisfeitas diante do muito que temos e ela acrescentou, “sempre separo do resto do lixo o material reciclável, mas agora vou evitar que sobre comida em meu prato,, para que não vá para o lixo”, disse minha amiga.

Meu Deus, aonde chegamos? E quando será que vamos fazer algo de verdadeiro para acabar com esta desigualdade social?

            Ontem depois desta conversa, fiquei pensativa e me calei e comentei com meu amigo seminarista da Igreja onde freqüento, silenciei talvez sem saber e sem notar de fato o que me inquietava, mas depois lendo a Bíblia percebi que foi isso que me silenciou, faço muito pouco pelo meu próximo , preciso fazer mais e Mateus me deu a dica no capítulo 5 versículo 6: “Felizes os que tem sede de justiça, por que será saciados.”

             Mas não adianta só a sede, temos que agir.

             Esse desejo da busca pela justiça faz parte do contexto da nossa vida desde que nascemos, mas nem sempre somos justos com os outros, mas nos irritamos quando são injustos conosco.

             Temos um conformismo natural diante das injustiças sociais, raciais, morais, religiosas... Esta injustiça faz parte do nosso discurso diário, mas não das nossas ações.

              Nossa ação é velada, é disfarçada e não é isso que Jesus quer de nós, Ele quer ação verdadeira quer que nossa ação faça a diferença.

              Pregar é muito fácil, mas agir não!

              A mudança desta situação depende de mudanças radicais de como avaliamos o outro, temos que nos colocar no lugar do outro, temos que ser de fato ação social em benefício de quem tem menos.

              A justiça tem que superar a justiça legal, a justiça do homem, tem que ser a justiça exercida pela verdade, pelo amor, por que sem este amor e sem esta verdade, não haverá fraternidade e de nada adiantará este discurso, ele será inócuo, vazio e irreal tem que ser uma ação verdadeira de justiça e de amor.

             A hora de quem tem o poder nas mãos parar de pensar em fazer politicagem e pensar no próximo muita coisa vai mudar, pois estes que detém o poder têm que ser modelo de justiça e fraternidade.       a autora